sábado, 19 de dezembro de 2009

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dez Maneiras de Como Estudar Muito Bem

Poeta Professor Silas Correa LeiteSite pessoal: www.itarare.com.br/silas.htmE-mail - poesilas@terra.com.brPoeta Prof. Silas Corrêa Leite, Educador, Jornalista, Escritor Premiado De Itararé-SP Membro da UBE-União Brasileira de EscritoresEducador da Rede Pública e Particular de Ensino. Pós-graduado em Educação, Literatura, Relações Raciais e Inteligência Emocional. Autor do Romance Virtual de sucesso ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, no site: www.hotbook.com.br/rom01scl.htm
“Porque aprender-a-viveré que é o viver mesmo... ”Guimarães Rosa
Você sabe como estudar direitinho? Já pensou a respeito, se reestruturando? Precisa saber, achar um jeito, sistematizar que seja. Cada ser humano por especificidade toda própria, tem seu jeito pessoal, tem a sua maneira toda peculiar de como “aprender” objetivamente melhor e valer-se disso. É por aí. Claro que, em tese não existe norma certinha, perfeita e acabada, regra perene ou mesmo estatuto perfeito de estudo dinâmico e construtor de conhecimentos primordiais, mas, vá lá, algumas noções fundamentais, eixos norteadores que sejam, sempre ajudam. Pois aqui temos dez razões formais, fundamentais e importantes para você pensar seriamente a respeito de como estudar bem.
01)-O hábito da leitura por si só ajuda e muito. Principalmente ler jornal todo santo dia sem falhar, que tem de tudo, de humor a palavras cruzadas, de signo a futebol, de economia a política, de cultura a opiniões contemporâneas, além de colunas especiais sobre várias áreas do conhecimento e de tecnologia de ponta. Depois, ler sempre e ler bem, ler de tudo e gostando, em tese tudo isso numa soma valoram as habilidades a partir do conhecimento generalizado adquirido, abrindo cabeças e canais de recepção que assim são estimulados. Independente do lugar, horário rígido ou sistemática, procure ler por prazer, com prazer, valorize o estudo, ocupando até eventuais espaços vazios ou de descanso para relaxar, sim, relaxar lendo e aprendendo gostosamente. Essa é a idéia que precisa pegar. Não deixe dúvida, cisma, teoria, conceito ou coisa pendente em aberto. Vá fundo. Na dúvida, pesquise melhor o que leu. Dicionário é um santo remédio, otimizado pelo elenco de palavras que você tem que sacar para pensar inteiro e completo. Faça seu acervo. O hábito faz o prazer. Seja o prazer de ler. Quem sabe ler e não lê muito, não sabe de nada, não saca os lances, não passa no vestibular, pior, jamais vai aprender escrever o básico. Já pensou?
02)-Leia os livros certos, as obras históricas obrigatórias, os clássicos da literatura. Valem ouro. Aliás, livro assim, em tese, todo ser humano que se preze deveria ler na vida. Faça a pesquisa dos que caem, caíram e cairão no vestibular, e faça o seu próprio vestibular de sabê-los. Você nem imagina o quanto vai crescer sabendo esses romances, esses poetas, essas fases de arte literária. Aliás. Vestibular não é tudo, mas nesse momento de sua vida é cem por cento. Se você por si mesmo, não firmar íntimo compromisso de saber riscos, de afundar na leitura, conhecer essas raridades importantes para o acervo cultural da humanidade a partir do Brasil como um todo, você vai ficar de fora do foco da concorrência que é pesada. O sistema é bruto. Leia bem, lei sempre, pegue gosto. Vai valer a pena. Você nem imagina. A isso tudo, claro, some-se à leitura de jornais, revistas, e, a Internet, claro, que é um maravilhoso baú virtual que você pode ler, ver, salvar, pesquisar, imprimir, curtir as novidades, dicas, beber cultura, história, e tantos outros trabalhos, além de assim muito bem também se preparar para a forja fé um teste atualizado, uma avaliação de evolução de percurso, um compromisso sério com você mesmo. Quem lê não apenas vale mais, mais quem muito lê vale portanto muito mais. Captou minha mensagem?
03)-O tempo é seu e você o administra. Ou o deixa rolar sem aproveitá-lo intensamente. Fazendo algo com prazer, você dispõe seu tempo habilmente para exercitar o prazer de ler (que tem que adquirir para ter sucesso e ser feliz na empreita) e de estudar sempre. Essa é a idéia, o princípio. Faça da leitura uma construção paulatina e evolutiva para adquirir sabedoria prazerosa, que você nunca mais será o mesmo com tal usina de conteúdo em todos os aspectos e em todas as direções. Aliás, se puder, também em seu próprio proveito, fixe algum horário certo para leitura diária, assim como você tem horário determinado para o futebol, a igreja, andar de skate, ver o Jornal Nacional, o papo com os amigos, o namoro. Mantenha sua rotina só inclua aí novos hábitos bons, como ler. Inclua no seu precioso espaço-tempo, o momento edificante de estudo, de leitura, da reflexão motivando tudo isso por um ideal todo seu. De madrugadinha é sempre melhor. Mas é só uma dica. Ache você mesmo o seu espaço, o seu tempinho de sobra, o seu nicho.
04)-Outra dica: estudar com a galera é um bom agito. Já pensou? Você descola os caras certinhos, os cabeças feitas, troca papos, analisa, pesca idéias, temas que contribuirão para um debate, arranjando feras em todas as áreas, tendo pistas de temas conflitantes para serem avaliados, política, economia, sabedorias afins e resultantes. Divida tarefas importantes, marque horário e cobre responsabilidades, tenha um grupo forte, com qualidade não por quantidade, sem azaração. A mesma balada, ora, o mesmo espaço de evolução. A sua turma e o mesmo ideal: evoluir nos estudos. Todos por todos, como num filme, uma equipe, como um time. O alvo: conquistas bem planejadas a partir de estudo em grupo. Amigos para sempre, ué.
05)-Além de estudar, ler muito, ocupar bem o seu tempo, papos em grupos, não se esqueça: viver é essencial e é tudo isso mesmo. Intenso. Você está na flor da vida, no viço da jovialidade. Juventude é isso. Portanto, lazer faz parte: a namorada, jogos e brincadeiras, time de sua rua, de seu bairro, de seu clube, não deixe de fazer o que você gosta para estudar, antes, inclua o estudar naquilo que você gosta. Seus familiares, viagens, acampamentos, praia, barzinho, tudo isso mis o verbo estudar, ler e escrever juntamente quando. Não fuja da rotina sadia, ao contrário. Procure dividir-se todo numa só emoção gratificante: Estudo, trabalho, diversão, afetos, cinema, clube, busca de informações nesse entorno e contexto, trocas e, claro: estudante sempre, todas as coisas, momentos e canções, reforçando ideais nessa busca. Cabeça aberta, antena ligada.
06)-Para o estudo exatamente, de preferência crie o espaço que você se sinta melhor, sereno, ventilado, redondamente em paz e tranqüilo com o seu espírito aberto. Pode escolher. Pense a respeito. Sabe aquele lugar todo seu, seu território e domínio? É esse. Tá ligado? Acenda um blues, abra a janela, ventile, areje tudo, a balinha, o amendoim, o suco preferido, paz de montanhas, mente aberta e, o organizacional todo ao seu jeito, os livros, os apontamentos à mão, papéis importantes, recortes de jornais, rascunhos, lap-top (se for o caso), direcionamento hábil, enfim, um habitat seu de primeira grandeza e aproveitamento essencial, sereno. Pode ser num jardim perto de sua casa, uma sala do cursinho, no quintal da casa de um parente legal, numa biblioteca (seria jóia), ajudaria muito. A estrutura sua para absorver informações vitais, é você quem liga e desliga, está no comando, a força está com você, você é o seu material, o seu recurso, o seu capital, o seu investimento, camarada. Aposte nisso.
07)-Saúde é tudo, é primordial. Como aprender tudo saradíssimo também é tudo. Você sabe. Durma bem, coma bem, alimente-se regularmente, faça a sua reeducação alimentar se preciso for, se for o caso, faça exames de rotina, potencialize gostos, porque o bicho vai pegar e você está no olho do furacão, para se sair brilhante vai ter que ralar a sua parte. Apare arestas, simplifique problemática, tranqüilize-se, busque harmonia no meio e faça o seu espírito ser alimentado enquanto seu coração pulsa, seu todo adquire conhecimentos, informações, radar, hangar, parabólico, esclareça dúvidas, corra atrás, faça avaliações da busca, seja o preparado para a escala seguinte, um teste, uma avaliação, um estágio, um vestibular que seja. Você pode. Você deve. Você é melhor do que pensa que é. Mas não se estresse. Evite surtar, viajar na batatinha. Desencane, cara, é só um período da vida – o mais importantes, é verdade, mas tudo é elo que liga uma etapa anterior ao degrau seguinte, nada mais do que isso. Não exagere. Você não vai virar gênio de um dia pro outro.
08)-Como amar se aprende amando, estudar se aprende estudando, escrever se aprende escrevendo. Compre um diário. Escreva todo santo dia, nem que seja uma frase, um pensamento, um salmo, ou uma simples idéia que seja. Treino é treino, jogo é jogo. Ao escrever, varie tempo, temas, faça dissertações em cima de temáticas de trabalhos escolares. Neoliberalismo, socialismo, capital e trabalho, essas coisas também. Temas chatos são preciosos no vestibular e na ávida também. Tente ser o melhor aluno possível. Desenvolva redações com começo, meio e fim. Isso é importante. Use frases curtas. Saque sujeito, predicado e verbo, osso da linguagem, arame da gramática. Cuidado com pronomes, verbos, pontuações, acentos. Na dúvida, se não souber o que fazer, leia pra si mesmo a frase em alto e bom tom, entoando, pontuando a . O ouvido às vezes ajuda. Uma frase tipo “a gente fumos” dói até de ouvir. Fique esperto. Cuidado com as gírias inconvenientes, bobinhas. Faça parágrafos pequenos, modestos mesmo, de início. Não queira ser um Machado de Assis ou um Carlos Drumond de Andrade logo de cara que isso é impossível, você não vai conseguir assim. Seja você mesmo, com etilo todo próprio de ser, no erro e no acerto. Tire dúvidas com todo mundo. Adote o professor. Faça rascunhos, reescreva a partir disso. Passe a limpo pra você mesmo. Sério. O sucesso não acontece por acaso. Manés não têm diplomas. Procure fazer sempre uma letra legível, evite aqueles garranchos garatujados que parecem japonês em braile. Mostre o que você sabe. Exercite a imaginação. Ponha a intuição pra funcionar. Vá, você consegue. Tope o desafio. Não pife na hora hagá. Suspire antes, respire fundo, e, boa redação, que venha o bicho. Seja o bicho. Tudo é mérito seu, retorno de uma busca, e não se encuque pois as coisas caminham devagar, não se aprende tudo de um dia para o outro. Aulas, pesquisas, leituras, são frutos de um contexto. Concorrer é legal, é isso. Não vai ser a única vez. Cada erro é aprendizado para a seqüência próxima, imediata. Tente outra vez, diz o rock do Raul Seixas. É por aí. O brasileiro não desiste nunca, haja o que houver, custe o que custar. Que a pedra de hoje, seja o seu preparo para o sucesso do amanhã. Qualquer derrota dá novo suporte para refazer caminhos, trajetos, aprender por isso mesmo melhor e de forma mais marcante. Pense melhor, ora. Pense bem: seja prático, não seja patético. Dedicação vale ouro, determinação é energia que move todo o motor de sua estadia nessa vida, mas você é tudo aquilo que você mesmo se fizer de si. Vai encarar? Pense o melhor. Faça o melhor. Vá em frente
09)-A sala de aula é o refúgio perene de todo grande personagem da historia da humanidade. O habitat preferido dos pensadores. Valore o meio. Seja o melhor amigo dos professores. Cobre com carinho, indague com curiosidade, varie sugestões de didáticas, tire dúvidas até saber direito para prover o seu acervo para o sucesso. Se não captou a mensagem, pergunte de novo, sugira pro professor explicar de outro jeito, com outras palavras. Ele está ali exatamente pra isso mesmo. Não tenha medo de parecer chato. Professor adora aluno interessado. Sempre dá o melhor dele nesse propósito, Quando acha um cara como você, mano, é mamão com açúcar. O professor está ali como um garçom, para servir mesmo. Sirva-se bem. Bom proveito. Vai perder a chance? Passe a limpo, anote tudo, passe de ano, passe sabendo – quem passa por ter decorado, cedo ou tarde acaba jubilado – saber ainda é o melhor negócio, o melhor do estudo. E uma alegria.
10)-Prova não prova nada? Circunstancialmente e no caso, prova. Você está ali para dizer a que veio, em tese, se sabe ou se não sabe. Vai bobear na hora de bater o pênalte? Qualé a sua cara? Refugar, nem pensar. Enfrente a fera. Antes do exame, reveja conceitos, troque idéias com companheiros, harmonize-se. Veja o que tem no bloco de anotações, pregado na geladeira, colado no espelho. Veja a diferença, por exemplo, entre o pré-modernismo e o modernismo na literatura brasileira. Aprendeu as fórmulas? Apontou o lápis? Sim, alguma coisa simplista e necessária você vai ter que decorar mesmo, regra, norma, sistema, mas fique atento ao horário, chegue sempre uma hora antes, não dê bobeira, faça boa prova, passe direitinho o gabarito, pense duas vezes na dúvida, respire fundo, compare, reexamine tudo, date, assine, boa, essa já era, tá sabendo?. Você vai conquistar o mundo estudando desse jeito. Coloque prazer no estudar a partir de ler muito para ser muito. Um dia você vai se lembrar disso e nem vai lembrar direito o sufoco que passou.
E venceu!

Fonte:
http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/dezmaneirasdecomoestudar.htm

Diagnóstico psicopedagógico na escola

Judite Filgueiras Rodrigues,
Licenciada em Ciências Físicas e Biológicas, Matemática, Educação Física, psicopedagoga, Mestre em Educação nas Ciências, Doutora em Ciências do Movimento Humano, autora do livro Educação Física Escolar: Aprender com o Movimento.Enquanto construção a partir de várias áreas do conhecimento.E-mail: ju.judite@hotmail.com

RESUMOEste texto considera a Psicopedagogia como um saber híbrido que possibilita perceber o sujeito que aprende como centro do seu contexto. Nesse sentido, aborda o diagnóstico psicopedagógico na realidade escolar, configurando os possíveis obstáculos que poderão constituir-se em problemas de aprendizagem do educando nos níveis sócio-político, pedagógico e psicopedagógico. Considera o contexto, os fundamentos e os aspectos gerais de um diagnóstico psicopedagógico na ótica do sujeito que constrói sua aprendizagem. Aponta para diferenciações na construção, desconstrução e análise dos estudos propostos no seu nível de intencionalidade e de individualidade.Palavras Chave: Escola; Ação; Transformação; Sociedade.
DIAGNÓSTICO CONTEXTUALIZADOQuando falamos em diagnóstico, pensamos logo em análise, porém só podemos analisar algo se pudermos encontrar o que estamos analisando. Por esta razão quando dizemos que estamos fazendo um diagnóstico temos que saber o que estamos diagnosticando, para que estamos diagnosticando e por que diagnosticar.Isto nos leva apensar que iremos analisar o problema de aprendizagem durante o diagnóstico psicopedagógico. Quando pensamos em problema de aprendizagem imaginamos as várias faces que podem compor este problema: Qual a ordem deste problema? familiar? da escola? Do sujeito? da sociedade? de todos estes fatores associados?Para que se possa compreender qual o tipo de problema existente é necessário que o psicopedagogo esteja atento buscando todas as pistas possíveis. O olhar psicopedagógico tem que buscar as respostas para as perguntas: Por que este sujeito não aprende? ou por que ele não está conseguindo utilizar suas potencialidades em toda a plenitude? ou o que está impedindo de se desenvolver?. Não são respostas simples de serem encontradas, mas pode ser possível encontrá-las. Precisamos ver aquilo que não está visível, ver o que está dito na entrelinha, no silêncio, na intenção. É olhar a queixa trazida, pelos responsáveis, pelo professor, pelo próprio sujeito, para o atendimento psicopedagógico com os olhos de Psicopedagogo: um olhar transdisciplinar, construído. Esta construção precisa partir do que já se sabe; do conhecimento anterior. É construir o presente visualizando o passado com os olhos no futuro. É este o olhar psicopedagógico.A partir do momento que nos dirigimos, com este olhar, a alguém que veio a nossa procura já não conseguimos mais ouvir somente porque buscamos sentido naquilo que ouvimos, isto é, a escuta Psicopedagógica. Buscamos o sentido da queixa e nos questionamos: por que estão buscando ajuda agora? O que está acontecendo com esta família? O que tem na sua fala que não está sendo dito? Será que ela sabe o que psicopedagogia? Assim poderemos pensar em inúmeras questões que vem a nossa mente sempre que iniciamos uma nova história. E temos que nos questionar a cada fala em cada história; temos que suportar não ter respostas para cada pergunta. Temos que aprender a suportar a dúvida apesar dela ser algo difícil de suportar.Mas por que isso acontece? Uma das possíveis explicações é que por vezes queremos ter respostas prontas para tudo o mais rápido possível e fazer com que o outro saiba que nós sabemos o que na verdade não sabemos e é neste momento que muitas vezes dizemos aquilo que acreditamos que tem sentido sem nos perguntarmos: sentido para quem?Se não estivermos atentos deixamos que nossos sentimentos, angustias e medos sejam transferidos para o outro.Para que conteúdos nossos possam continuar sendo nossos e de nossos educandos, precisamos através da escuta Psicopedagógica formular perguntas aos nossos educandos e tentar encontrar respostas para estas perguntas.Assim, ao responder as questões que formulamos, eles estarão reflexionando e, a partir daí poderão ressignificar o fato que estão nos relatando ao mesmo tempo em que nós poderemos contextualizar as suas falas, compreender como é seu mundo, quais são suas fantasias, seus medos e, consequentemente compreender o que significa aprender para este educando.Existe uma relação dialética: ao mesmo tempo em que vai se compreendendo como o sujeito aprende, vai se modificando o jeito deste sujeito aprender.Mas, estamos falando de diagnóstico ou de intervenção? Estamos falando de diagnóstico interventivo. Não é possível fazer um diagnóstico ficando neutro, acreditando que nada daquilo está tendo significado para o educando.Fernandez (1990) diz que o diagnóstico serve para o psicopedagogo como a rede para o equilibrista, isto é, é apenas uma segurança, mas que estaremos no trapézio enquanto fazemos o diagnóstico.Quando iniciamos um atendimento psicopedagógico, precisamos que o educando consiga reconhecer que algo está faltando, principalmente quando estamos atendendo criança, adolescente ou pais encaminhados pela escola. Pensemos o seguinte: O que faz com que as crianças sejam enviadas à escola? Por que é importante que elas aprendam? que elas convivam com outras crianças? por os pais precisam trabalhar? por acreditar que na escola ela será cuidada? se ela não for na escola, não poderá ter um bom emprego mais tarde?Sempre que pensamos em diagnóstico psicopedagógico temos que saber ouvir o que o outro tem a dizer, não podemos ter respostas prontas, não existe um caso igual ao outro, existem situações, que com a experiência conseguimos fazer a pergunta mais apropriada para aquele momento.Outro fato importante é que a questão do diagnóstico psicopedagógico não seja apenas um rótulo, mas que possa visar os aspectos positivos.Sempre que vamos fazer um diagnóstico temos que nos propor a conhecer a pessoa por inteiro, temos que entender como ela aprende.O olhar e a escuta Psicopedagógica deverá ter como objetivo verificar como o educando está aprendendo e o que está dificultando o desenvolvimento de suas potencialidades. Só assim poderemos intervir de maneira adequada.Portanto durante o atendimento psicopedagógico temos que pensar o educando como alguém capaz que vive em um contexto familiar, escolar e social específico e de que maneira vivencia estes espaços para podermos ajudá-lo a ser autor e ator de sua própria história.
ORIGEM DO TERMO DIAGNÓSTICOO termo diagnóstico origina-se do grego diagnósticos e significa discernimento, faculdade de conhecer. Para conhecer são analisados os aspectos, as características e as relações que compõe um todo que seria o conhecimento do fenômeno, utilizando para isso processos de observações, de avaliações e interpretações que se baseiam em nossas percepções, experiências, informações adquiridas e formas de pensamento. É um processo no qual se analisa a situação do aluno com dificuldades dentro do contexto da escola, da sala de aula e da família.Numa perspectiva Psicopedagógica, o trabalho com as famílias pode ser considerado fundamental e indispensável para modificar as atitudes de alguns alunos, mas, mesmo assim, esse trabalho somente se constituirá em uma das partes do diagnóstico, já que ele estará centralizado, principalmente, no conhecimento e na modificação da situação escolar. Bassedas e Col (1996).Para estes autores, os sujeitos e os sistemas estão envolvidos no diagnóstico psicopedagógico, podendo a escola como instituição social ser considerada de forma ampla, como um sistema aberto que compartilha funções e que se inter-relaciona com outros sistemas que integram o contexto social cujos protagonistas são todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.Enquanto psicopedagoga e docente, em nossa prática observamos que o diagnóstico da aprendizagem escolar se situa num espaço e num tempo pré-determinados para que se possa viabilizar a criação de um ambiente psicopedagógico; lugar espacial onde transcorre a ação educativa no tempo previamente estabelecido pela conforme a complexidade dos fatores que envolvem a instituição.
FUNDAMENTOS DE UM DIAGNÓSTICO ESCOLAR Um diagnóstico psicopedagógico engloba o professor, o aluno e o conhecimento contextualizado na escola, especificamente na sala de aula, lugar onde se constatam e se priorizam as aprendizagens sistemáticas tendo como pano de fundo a instituição escolar.Os fundamentos de um diagnóstico também revelam um tempo, um lugar e um espaço que é dado para aquele que aprende e para aquele que ensina. Historicamente a prática educativa e a prática Psicopedagógica são derivadas das distintas teorias de aprendizagens que sustentam as concepções diferentes em relação à tríade: professor, aluno e conhecimento.Consideramos o aluno como um sujeito que elabora o seu conhecimento e sua evolução pessoal a partir da atribuição de um sentido próprio e genuíno às situações que vivem e com as quais aprende. Já o lugar do professor é o lugar daquele que gerencia o processo da aprendizagem. Sua principal ação é mediar o objeto do conhecimento. É necessário também compreender os processos educativos, curriculares, os aspectos organizacional, estrutural e funcional, bem como todos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizagem. Nesse sentido o diagnóstico é sempre uma hipótese diagnóstica.
ASPECTOS GERAIS DE UM DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO
Aprender é incorporar os conhecimentosEm um saber pessoal. Judite Rodrigues
A idéia de diagnóstico nos remete ao que significa ensinar e aprender, pois deriva da concepção que temos de sujeito da aprendizagem e a aprendizagem do sujeito.Desta significação os lugares distintos ocupados pelo professor e pelo aluno em relação ao conhecimento contextualizado pela escola é o lugar de aprender e de ensinar e que dinamizam a prática educativa.Um ponto importante para se perceber este processo de constituição do sujeito se dá através da questão dos limites. Muitas vezes a queixa escolar e a produção da criança gira em torno da dificuldade em aceitar as normas e o formalismo necessário para construir determinados conteúdos acadêmicos. Outras vezes é a dificuldade em aceitar os erros e o esforço que a aprendizagem demanda, ou seja, é o jogo da aceitação dos próprios limites.Nesta dialética do ensinar e do aprender, qual o lugar do psicopedagogo? Qual sua intervenção? O eixo principal da questão do diagnóstico sobre o aprender repousa nas dimensões do aluno, do professor, e dos níveis inter-relacionados na ação educativa, ou seja, Sócio-político, Pedagógico e Psicopedagógico.O sócio-político inclui a própria organização da escola como instituição destinada a ensinar ou a produzir fracassos dos alunos conforme sua classe social.O pedagógico refere-se ao processo de ensino: a relação dos conteúdos e a didática. Pensamos que uma didática eficiente possa representar uma ação preventiva de problemas de aprendizagem, pois a didática preventiva é aquela que lança desafios aos alunos para que estes avancem a partir do ponto que se encontram, isto é, do conhecimento já construído.O psicopedagogo prioriza o sujeito que aprende ou que fracassa ajudando-o a situar-se em um lugar que o possibilite a aprender, pois pode recorrer a critérios de diagnóstico no sentido de compreender os problemas na aprendizagem.Nesse sentido, Scoz (1994, p. 22) diz que:
(...) os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem a causas físicas ou psicológicas, nem a análises das conjunturas sociais. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensal, que amalgame fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações sociais. Tanto quanto a análise, as ações sobre os problemas de aprendizagem devem inserir-se num movimento mais amplo de luta pela transformação da sociedade.
Aprender significa incorporar os conhecimentos em um saber pessoal, único, diferente em cada sujeito na sua totalidade.É isto que o psicopedagogo precisa diagnosticar. Diagnosticar também a escola como um lugar onde acontece a aprendizagem. Este diagnóstico consiste na busca de um saber para saber-fazer por meio das informações obtidas nesse processo de investigação. O diagnóstico Psicopedagógico pode ser entendido como uma avaliação clínica, um exame realizado a partir de uma queixa explícita em relação a alguma dificuldade de aprendizagem. A avaliação liga-se ao não aprender, ou só conseguí-lo lentamente com falhas e distorções. Encontra-se envolvido neste processo de diagnóstico a leitura de um sistema complexo, onde se faz presente manifestações conscientes e inconscientes. Interage aí o pessoal, o familiar anterior e atual, o sociocultural, o educacional, e a aprendizagem.Ao se instrumentalizar um diagnóstico, é necessário que o profissional atente para o significado do sintoma a nível familiar e escolar e não o veja apenas em um recorte, como uma deficiência do sujeito a ser por ele tratado. É essencial procurarmos o não dito, implícito existente no não aprender. Acreditamos numa aprendizagem que possibilita transformar, sair do lugar estagnado e construir.É sob este olhar que podemos encaminhar o diagnóstico escolar. Voltamo-nos para a Escola porque é para ela que diariamente dirigem-se muitas crianças.Olhar para a escola implica em uma visão íntegra de aprendizagem e de mundo.Um diagnóstico á luz da instituição escolar se concretiza através de uma ampla observação das dimensões que envolvem a aprendizagem e que possibilita uma reflexão e conhecimento dos problemas educacionais que estão vinculados a variáveis como as correntes filosóficas, políticas e educacionais que influenciam a prática pedagógica.Portanto, o diagnóstico deve ser encarado como busca constante de saber sobre aprender sendo o fio condutor que norteará a intervenção psicopedagogia.
A FUNÇÃO DO DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICODe acordo com o DSM-IV, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 1994) os Transtornos da Aprendizagem estão incluídos nos Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou Adolescência. Estes transtornos incluem: Transtorno da Leitura, da Matemática, da Expressão Escrita e da Aprendizagem sem outra especificação.Os Transtornos de Aprendizagem podem incluir problemas em todas as três áreas que interferem no rendimento escolar, embora o desempenho nos testes que medem cada habilidade isoladamente não esteja acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do indivíduo" ( APA, 1994). Serão esses os transtornos que aqui iremos tratar. O transtorno de aprendizagem é uma perturbação no processo de aprendizagem, não permitindo ao indivíduo aproveitar as suas possibilidades para perceber, compreender, reter na memória e utilizar posteriormente as informações obtidas.Num enfoque psicopedagógico, encaramos os transtornos de aprendizagem como um sintoma, um sinal de descompensação, no sentido de que não são permanentes, sendo passíveis de transformação. Para Pain (1986) a hipótese fundamental para avaliar o sintoma é entendê-lo como um estado particular de um sistema que para equilibrar-se precisa adotar esse tipo de comportamento que poderia merecer um nome positivo, mas que caracterizamos como não - aprender. Esse é o papel inicial do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem: fazer uma análise da situação para poder diagnosticar os problemas e suas causas. Ele levanta hipóteses a partir de uma anamenese para conhecer o sujeito em seus aspectos neurofisiológicos, afetivos, cognitivos e sociais, bem como entender a modalidade de aprendizagem e o vínculo que o indivíduo estabelece com o objeto de aprendizagem, consigo mesmo e com o outro. O psicopedagogo procura, portanto, compreender o indivíduo em suas várias dimensões para ajudá-lo a reencontrar seu caminho, superando dificuldades que impeçam um desenvolvimento harmônico e que estejam se constituindo num bloqueio da comunicação dele com seu entorno.São diversos os fatores envolvidos nos transtornos de aprendizagem: orgânicos, cognitivos, emocionais e ambientais, relacionados a três pólos de procedência: o indivíduo, a família e a escola.Estando a origem de toda a aprendizagem nos esquemas de ação através do corpo, precisamos verificar, primeiramente, como estão sendo processadas as principais funções e a integridade dos órgãos ligados a elas, para podermos, posteriormente, considerar os aspectos cognitivos. Estes dizem respeito ao desenvolvimento e funcionamento das estruturas que proporcionam a possibilidade de conhecimento por parte do sujeito, em sua interação com o meio. Nessa área podemos incluir as funções de percepção, discriminação, atenção, memória e processamento da informação. Não podemos nos esquecer de que os fatores motivacionais são muito importantes na construção do significado daquilo que se aprende, formando uma rede de inter-relações entre esses conteúdos e aquilo que já se conhece. Assim, os aspectos emocionais interferem na construção do conhecimento. Abrangem um amplo campo, desde dificuldades para lidar com as frustrações até sérios transtornos emocionais como psicose e depressão.Para além das causas individuais, estão as de ordem ambiental, oriundas da família, da escola e da sociedade, como um todo. São fatores intervenientes do próprio modelo de funcionamento da família, da escola e as relações aí estabelecidas..Torna-se necessário lembrarmos que esses fatores não são estanques, nem aparecem isoladamente. Eles têm uma circularidade causal, como diz Fernández (1990):
A origem do problema de aprendizagem não se encontra na estrutura individual. O sintoma se ancora em uma rede particular de vínculos familiares que se entrecruzam com uma também particular estrutura individua.
Se ao papel da família acrescentássemos o papel da escola teríamos a formação de uma rede, como já foi dito acima, pois ambas são responsáveis tanto pela aprendizagem como pela não-aprendizagem do sujeito. Modificações na estrutura e funcionamento da rede de relações poderiam trazer melhorias para o educando, desmistificando a sua culpa nos transtornos de aprendizagem permitindo assim ao Psicopedagogo avaliar os envolvidos nos transtornos e consequentemente abrir possibilidades de intervenção para, a partir daí iniciar o processo de superação das dificuldades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, S. & VELOSO, A.F. - Distúrbios de Aprendizagem: Diagnóstico e Orientação. Revista Temas sobre Desenvolvimento, V.3, N.14, 1993.
APA (Associação Americana de Psiquiatria). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). Porto Alegre. Artes Médicas, 1994.
BASSEDAS,E. e col, Intervenção Educativa e Diagnostico Psicopedagogico. 3º ed. Porto Alegre, RS: Artes Medicas,1996.
BOSSA,N. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da pratica. Porto Alegre,RS: Artes Medicas,1994.
CELIDONIO, M.R.F.- Família, Aprendizagem, Escola - Monografia do curso Família: Dinâmicas e Processos de Mudança. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1996.
FERNÁNDEZ, A. - A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e sua Família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
PAIN, S. - Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986.
RUBISTEIN, E. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
SCOZ,B;RUBINSTEIN,E;ROSSA,E.;BARONE,L(org).Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional. Porto Alegre,RS: Artes Medicas,1987.
SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar, o problema escolar e de aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994.
SOUZA, M. P. - Introdução aos Distúrbios de Aprendizagem: um Desafio para o Nosso Tempo, in Tecnologia em (Re) Habilitação Cognitiva- Uma Perspectiva Multidisciplinar. São Paulo: Edunisc, 1998.
TOPCZEWSKI, A. - Aprendizagem e suas Desabilidades. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
VISCA, J. Clínica psicopedagógica: a Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
_______. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica - Uma Visão Diagnóstica. Porto Alegre,RS:Artes Medicas,1992.
Publicado em 17/08/2009

Fonte:http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/diagnosticopsicopedagogico.htm

links interessantes:

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/sites_pesquisa.htm


Estimule a criança através de estórias e músicas.Professores, Psicopedagogos, Pedagogos, Fonoaudiólogos


http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/aavaliacaocomopratica.htm


A Criança e a Autoestima

"Série: Criando uma mente saudável”Autor: Jon Talber[1]
Um processo autônomo, como o gesto de andar, depois correr, ou aprender a pegar, segurar alguma coisa, nada disso requer inteligência, uma vez que são processos involuntários, do mesmo modo que o são, o olhar, o sentir cheiro, o escutar sem direito a escolha. Já sabemos pegar nas coisas, de berço, e com o tempo, apenas vamos aperfeiçoando a técnica, depois aprendemos a dar nomes aos objetos que estamos segurando. E para nada disso é requerida a inteligência, pois trata-se de um mero gesto de repetição, imitação, assim como o faz um papagaio, que é capaz de imitar sons, mesmo sem saber o que significam. Criatividade não significa estar apto a repetir, a imitar, a decorar pantomimas para depois praticá-las como se fossem habilidades. Podemos ter ideias, mas isso na verdade reflete apenas uma diferente forma de se ver algo já existente. Nesse caso, uma ideia anterior, segue modificada, com aparência de nova, assim como nosso comportamento, que se parece coisa nova, quando na verdade, apenas o veículo que é nosso corpo é novo, não os hábitos.

Repetir procedimentos não é aprender. Um computador já faz isso com perfeição, mas, é ele um bom aprendiz ou um mestre imitador?

A insatisfação e satisfação, opostos de um mesmo estado, é a causa e efeito de toda ação humana. É o que determina o que devemos ou não desejar, procurar obter, evitar, criar nossos objetivos de vida. Também, a partir destes dois pontos, que são pontos equidistantes de uma mesma coisa, isto é, a busca por satisfação, todas as personalidades humanas são criadas. E disso também resulta a maioria dos estados emocionais do homem. Tristezas e alegrias, melancolia e euforia, medo e coragem, falta de confiança e confiança em si mesmo. Também os motivos que causam cada um destes estados nos indivíduos, estão associados ao desejo de obter satisfação. Isso significa ser aceito, bem sucedido, bonito, capaz, idolatrado, desejado, ter poder. Compreender porque desejamos sempre mais que nossas necessidades, liberta a mente da sede de poder. Assim, ainda na infância, as frustrações dos adultos, educadores involuntários das crianças, devem ser contidas diante destas. Uma frustração adulta, quando exortada diante de uma criança, sinaliza para a mesma, que aquele comportamento é natural, que deve ser imitado. E embora intelectualmente a mesma ainda seja incapaz de compreender o que está acontecendo, os efeitos emocionais, tais como ansiedade, inquietação, intolerância e irritabilidade, estes são de compreensão imediata. Confiança em si mesmo, é quando conseguimos enfrentar nossos próprios medos.
É o sentir-se capaz de superar obstáculos que se apresentam como grandes problemas. Isso se consegue quando se têm auto-motivação, que é um sentimento de certeza interior. Certeza de que os problemas podem ser superados, nunca pode existir no medroso, onde lhe falta a confiança em si mesmo. Essa qualidade não é inata, mas produto de aprendizado, com as pessoas que estão à nossa volta. Uma criança que apenas aprendeu a ouvir lamentações, expressões de mágoas e ressentimentos, jamais terá forças para enfrentar seus dilemas pessoais. Terá sua motivação desviada para expressar os estados de apatia, frustrações, coisa própria daqueles que fazem do seu viver uma central para lamentações, que insistem em cultivar mágoas e ressentimentos. Sentir-se-á incapaz de realizar qualquer coisa, inseguro por não se achar apto para nada, sequer para pensar com clareza, e acabará por repetir as lamentações que lhe serviram de lastro no passado. Desse modo, como a auto-piedade se torna seu mestre psicológico, não terá forças para reagir diante de problemas, e procurará para sempre, depender daqueles que resolvam tais coisas para si. Do mesmo modo, quando se exige de uma criança a perfeição, acabamos por criar um individuo isolado do mundo, demasiado critico, medroso de ser repreendido, que mais se preocupará com a opinião alheia, do que com sua própria felicidade. Terá medo até dos próprios pensamentos, embora, na maioria dos casos, jamais descubra a causa de agir dessa forma. Mostrar desde cedo, com gentileza, sem exigências de perfeição, que os problemas são questões que podem ser resolvidas, desde que encarados de frente, com coragem, determinação e conhecimento, ajudará a criança a preparar o seu emocional para tais situações. De que adianta mostramos para elas apenas o resultado emocional de um problema, através de nossas expressões de raiva, de angústia? Isso apenas servirá para que se tornem ansiosas, sem uma causa aparente, diante de qualquer situação, mesmo de uma surpresa, ou alegria, ou uma simples espera por qualquer coisa. Do mesmo modo, fazê-las compreender que os erros, longe de ser demonstrações de fraqueza ou imperfeições, servem como guias para os acertos, capacitará todas elas para serem mais tolerantes, mais flexíveis em seus julgamentos e expectativas, diante de qualquer coisa. E, finalmente, devemos nos lembrar de repreender uma falha com orientação, e um acerto com incentivo. Lembrando que na orientação, a paciência será fundamental para que ela apreenda o que está sendo dito. Do mesmo modo, um acerto não se incentiva com prendas ou elogios fáceis, mais com encorajamento, com apreciação verdadeira, com demonstração clara, inequívoca, de que aquilo tem algum valor.
Autor:Jon Talber - jontalber@gmail.com Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.
Notas: [1]
Jon Talber é psicopedagogo e escritor de temas de auto-ajuda. Estudou por muito tempo filosofia oriental e antropologia. Torna-se mais um colaborador eventual do nosso Site, onde pretende compartilhar parte daquilo que aprendeu.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Diferença entre Psicologia Escolar e Psicopedagogia

A psicopedagoga, identifica as dificuldades de aprendizagem e propoe estratégias para minimizá-las. Já a atuação enquanto psicóloga ocorre quando se observa os fatores emocionais que ampliam tais dificuldades, já que emoção e cognição não caminham separadamente.
O psicopedagogo faz intervenções no âmbito do suporte de aprendizagens que demandam certas funções da cognição que o sujeito não possui bem desenvolvidas. O psicólogo, em sua formação, adquire todos os conhecimentos afetos à psicopedagogia, mas não transita nesta prática. A ênfase na formação do psicopedagogo está no campo das teorias da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Como bem disse a Magda, emoção e cognição não caminham separadamente.A psicopedagogia tem seu campo de atuação clínica fora do ambiente escolar.Já o psicólogo escolar atua dentro da escola, estando apto a reconhecer as dificuldades de aprendizagem apresentados pelo aluno. No entanto, penso que este profissional acaba por não exercer plenamente a sua função, visto que não é comum haver, nas escolas, espaços terapêuticos. Pode até fazer um diagnóstico bem preciso, mas não faz a clínica psicológica, sendo o foco de seu trabalho, na escola, a mediação de conflitos e a orientação em geral para alunos, professores e família. Conhece mais profundamente que os demais profissionais da escola os pontos sensíveis que estão intervindo negativamente no desenvolvimento da aprendizagem do aluno, sendo capaz de orientar melhores diretrizes de ação, sob o ponto de vista emocional do aluno, os pedagogos e professores da escola.

Psicopedagogo como agente da aprendizagem

Creio que o psicopedagogo é fundamental no processo de desenvolvimento e aprendizagem, atuando numa linha Preventiva ou Clinica/Terapêutica,mas para que o psicopedagogo possa alcançar seus objetivos é fundamental que ocorra uma parceria entre a escola e familiares.Não acredito que nenhuma criança não consiga recuperar o prazer de aprender, conseguir a autonomia do pensar, a restauração da integração com a qual a criança iniciou seu processo de desenvolvimento e que por algum motivo foi interrompido. Temos que criar um espaço psicopedagógico buscando o que estava distante do real , com estratégias, elevando a sua auto-estima, com intervenções que serão implantadas para o atendimento desse aluno abrindo condições para que esta criança sinta-se como um sujeito da sua própria história criando autonomia e liberdade para romper suas barreiras.O papel do psicopedagogo é fundamental pois o seu objetivo é de ajudar a criança que por esta ou aquela razão não consegue aprender formal ou informalmente.Sei que muitos são os fatores que interferem no seu aprendizado mais em alguns casos a culpa é do professor que rotula seu aluno sem criar novas estratégias para que ele consiga romper as barreira.

Atendimento Psicopedagógico

Atendimento Psicopedagógico e seu papel no processo de inclusão escolar da criança com necessidades especiais inúmeros são os desafios à inclusão escolar de pessoas com deficiências, por existirem complexas barreiras na organização educacional em nosso país. Por inclusão, entendemos como acesso, ingresso e permanência desses alunos em nossas escolas regulares independente de serem públicas ou privadas. Além disso, crianças com alterações orgânicas recebem na maioria das vezes, uma educação diferenciada por parte da família, o que leva a formação de problemas emocionais em diversos níveis gerando dificuldades na aprendizagem escolar. Pensando na criança com necessidades especiais e os comprometimentos em que resultam suas limitações motoras, cognitivas e sociais percebe-se a importância de um espaço onde as possibilidades suas possibilidades sejam estimuladas. O atendimento psicopedagógico, auxilia no processo de inclusão escolar de crianças com necessidades especiais como suporte transitório e circunstancial, através de interações com jogos, atividades corporais, gráficas, e lúdicas de sensibilização e criatividade que estimulam a auto-estima, o auto-conhecimento, a superação de desafios, em busca do saber próprio. Trabalhando sempre com as possibilidades do sujeito torna-se possível conhecer a relação que este estabelece com o conhecimento e de que forma articula o seu corpo, organismo desejo e sua inteligência na busca de suas aprendizagens. São utilizadas estratégias psicopedagógicas previamente organizadas à partir da necessidade real da criança, tais como: adaptações motoras, atividades adequadas a modalidade de aprendizagem correspondente, vivências sensório-motoras, construções referentes ao campo conceitual e orientações à família e a escola. Esta mediação, oportunizada no espaço que se cria no momento psicopedagógico, viabiliza a interação entre o psicopedagogo e a criança com necessidades especiais com objetivo de reorganizar e refazer, seu saber rumo à sua autonomia e realização pessoal.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As vantagens da Arteterapia

As vantagens da Arteterapia
• Diminuir o tempo de trabalho terapêutico devido à diminuição da transferência• Tornar o cliente ativo e mais criativo, mais independente.• Utilizar a comunicação averbal, aumentando a comunicação plena.• Desenvolver maior adaptação, flexibilidade e originalidade.• Influenciar no dia-a-dia relacionando harmonia e senso estético com maneiras equilibradas de viver.O emprego da ArteterapiaAtualmente a Arteterapia tem sido utilizada em hospitais, clínicas, institutos, escolas, empresas, comunidades em diferentes especialidades como:• Treinamento empresarial • Psico-profilaxia e reabilitação psicopedagógica • Arte-reabilitação física e mental • Reabilitação psico-social • Projetos comunitários de educação para saúde e em consultório e clínicas especializadas com doenças degenerativas como câncer, Aids, alzaimer, esclerose múltipla, etc; • Deficiências físicas e mentais e psicoterapias individuais e de grupo (família, crianças,adolescentes, adultos e idosos) • A Arteterapia pode ser utilizada sozinha ou como coadjuvante em outros tratamentos, principalmente em programas interdisciplinares como os utilizados em psicoses e drogadição.

Como expressarte com criaitvidade através da Arteterapia:

Arteterapia é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística como base da comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação estética e a elaboração artística em prol da saúde.Utiliza, para isso, as linguagens plástica, sonora, dramática, corporal e literária envolvendo as técnicas de desenho, pintura, modelagem, construções, sonorização, musicalização, dança,drama e poesia.É aplicada na avaliação, no tratamento, na profilaxia (prevenção), reabilitação e educação de clientes especiais.O campo de atuação da Arteterapia estende-se às diferentes organizações (Saude, Educação, Comunidade e Profilaxia) permitindo qualidade maior de vida. Atualmente, novas abordagens estão em formação como a biblioterapia, lançada em Budapeste em 2003 e o aprofundamento em dançaterapia, musicoterapia e eco-arteterapia.